HINDUÍSMO ॐ
O hinduísmo é a principal religião da india, sendo ela politeísta ( a crença em vários deuses )
A Índia reúne maioria dos 750 milhões de hinduístas do mundo.
Os fundamentos da religião estão contidos nos quatro livros sagrados, os Vedas (deuses), que emsânscrito quer dizer conhecimento. São eles:
- Rigveda
- Samaveda
- Vajurveda
- Atharaveda
Cada um destes livros contém hinos, ritos e preces que são compostos de duas partes: a parte do trabalho e a do conhecimento. . O Ramayana, que é composto por cerca de 50.000 versos e narram as aventuras do príncipe Rama e sua esposa Sita. Há também os Upanishads, que são considerados como a essência original dos Vedas e é o mais sagrado de todos os livros. A trindade divina hindu;
Embora apresente uma enorme gama de divindades, o hinduísmo tem uma trindade principal de deuses, composta por Brahma, Vishnu e Shiva (Criação, Preservação e Destruição). Segundo os ensinamentos hinduístas, o mundo material em que vivemos é uma mera ilusão que Maya (ilusão) faz parecer real para enganar os homens e fazê-los sofrer.
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ॐ Hinduísmo Védico e Hinduísmo Bramânico
Na primeira fase do Hinduísmo, que recebe o nome de Hinduísmo Védico, temos o culto aos deuses tribais. Dyaus, ou Dyaus-Pitar ("Deus do Céu", em sânscrito), era o deus supremo, consorte da Mãe Terra. Doador da chuva e da fertilidade, ele gerou todos os outros deuses. O Sol (Surya), a Lua (Chandra) e a Aurora (Heos) eram os deuses da luz. Divindades menores e locais são as árvores, as pedras, os rios e o fogo. A partir da influência ariana, o simbolismo de Dyeus passou por uma transformação e tornou-se Indra, jovem divindade que rege a guerra, a fertilidade e o firmamento. Indra representa os aspectos benevolentes da tempestade, em contraposição a Rudra, provável precursor do deus Shiva, o destruidor. Também nesse período surgiram diversas outras divindades, inclusive Asura, representante das forças maléficas.
Na segunda fase do Hinduísmo, que recebe os nomes de Vedanta (fim dos Vedas) ou Hinduísmo Bramânico, ocorre a ascensão de Brahma, a divindade que simboliza a alma universal. Brahma é um dos deuses que compõem o Trimurti (Trindade) do Hinduísmo. Ele representa a força criadora. Os dois outros deuses são Vishnu, o preservador, e Shiva, o destruidor. Neste momento, surge a figura dos brâmanes, que compõem a casta sacerdotal da tradição hindu. Os rituais ganham uma série de componentes mágicos e elaboram-se idéias mais complexas acerca do Universo e da alma, inclusive conceitos como o de reencarnação e o de transmigração de almas.
No século 12, a Índia é invadida pelos muçulmanos, e grande parte de sua população é forçada à conversão. Aliás, o termo hindu designava qualquer pessoa nascida na Índia, mas a partir do século 13 este termo ganhou uma conotação religiosa, tornando-se sinônimo de "nativo não-convertido ao Islamismo".
A influência muçulmana se faz sentir dentro da ritualística hindu, pois uma das características marcantes do Hinduísmo é sua capacidade de absorver novos elementos e agregá-los ao seu sistema de crenças. Isso também ocorre quando, no século 18, o Cristianismo se insere no universo indiano, pela influência predominante dos colonizadores franceses.
Hoje, o Hinduísmo é a crença predominante na Índia. Mais do que uma religião, ele se caracteriza como uma tradição cultural, que engloba modo de viver, ordem social, princípios éticos e filosóficos.
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ॐ As Escrituras Sagradas do Hinduísmo
VEDAS: Primeiros livros do Hinduísmo, surgidos aproximadamente no ano de 1 000 a.C., que aglutinam quatro coletâneas de textos. Dentre eles, destaca-se o Mahabharata, que contém o poema épico Bhagavad Gita (A Canção do Senhor). O conteúdo dos Vedas oscila entre o Monoteísmo (culto a um deus único) e o Politeísmo (culto a diversos deuses).
UPANISHADS: Essas escrituras, que podem ser traduzidas como Doutrinas Arcanas, foram redigidas por místicos que representam o expoente máximo do Bramanismo (uma das vertentes do Hinduísmo). Sua estrutura é a de uma série de diálogos entre mestres e discípulos, cujo ensinamento fundamental é o seguinte: o mundo em que vivemos é feito de maya (ilusão), e embora possamos ter a impressão de que o mundo é real, a única verdade é Brahma, a divindade suprema.
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ॐ Fundamentos importantes do Hinduísmo
Para o Hinduísmo, as pessoas possuem um espírito (atman), que é uma força perene e indestrutível. A trajetória desse espírito depende das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação - Lei do Carma.
Enquanto não atingimos a libertação final - chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação.
Os rituais se compõem de dois elementos principais: Darshan, que é a meditação / contemplação da divindade, e o Puja (oferenda).
A alimentação vegetariana é um dos pontos essenciais da filosofia hindu. Isso porque é livre da impureza (morte / sangue), e como todo alimento deve ser antes oferecido aos deuses, não se poderia ofertar algo que fosse "sujo".
As preces são entoadas como cânticos no idioma sânscrito, língua "morta" que deu origem ao hindi e a um grande número de dialetos praticados na Índia. Essas preces recebem o nome de mantras. Os mantras são dirigidos a diversas divindades, ou estimulam qualidades pessoais. Em geral, são entoados 108 vezes, e para sua contagem utiliza-se o japa-mala (colar de contas), uma espécie de "rosário", confeccionado em sândalo ou com sementes de rudraksha (árvores consideradas altamente auspiciosas pela tradição indiana).
O mantra mais importante é o OM, "sílaba sagrada" que representa o próprio nome de Deus. OM é a semente de todos os mantras e princípio da criação. Foi dele que derivou toda a matéria - neste aspecto, podemos até traçar um paralelo com o gênesis da Bíblia: "E o som se fez carne".
ॐ Rituais do Hinduísmo

ॐ Práticas do Hinduísmo
O hinduísmo possui um sistema desenvolvido de simbolismo e iconografia para representar o sagrado na arte, arquitetura, literatura e em seu culto. Estes símbolos ganham seu significado das escrituras, mitologia ou tradições culturais. A sílaba Om (que representa oParabrahman) e o sinal da suástica (que simboliza auspiciosidade) acabaram passando a representar o próprio hinduísmo, enquanto outros símbolos, como a tilaka, identificam um seguidor da fé. O hinduísmo ainda apresenta diversos símbolos que são costumeiramente associados a divindades específicas, como o lótus, chakra e veena.
Os mantras são invocações, louvores e orações que, através de seu significado, som e estilo de canto, ajudam um devoto a focar a sua mente nos pensamentos sagrados ou exprimir devoção a Deus ou às divindades. Muitos devotos realizam abluções matinais às margens de um rio sagrado, enquanto cantam o Gayatri Mantra ou os mantras Mahamrityunjaya. O poema épico Maabárata exalta o japa (canto ritualístico) como o maior dever durante o Kali Yuga (que os hindus acreditam ser a era presente), e muitos adotam o japa como sua prática espiritual primordial.
Crenças
O hinduísmo é uma corrente religiosa que evoluiu organicamente através dum grande território marcado por uma diversidade étnica e cultural significativa. Esta corrente evoluiu tanto através da inovação interior quanto pela assimilação de tradições ou cultos externos ao próprio hinduísmo. O resultado foi uma variedade enorme de tradições religiosas, que vai de cultos pequenos e pouco sofisticados os principais movimentos da religião, que contam com milhões de aderentes espalhados por todo o subcontinente indiano e outras regiões do mundo. A identificação do hinduísmo como uma religião independente, separada do budismo e do jainismo, depende muitas vezes da afirmação dos próprios fiéis de que ela o é.
Temas proeminentes nas (porém não restritos às) crenças hinduístas incluem o darma (dharma,ética hindu), samsara (samsāra, o contínuo ciclo do nascimento, morte e renascimento), carma(karma, ação e consequente reação), mocsa (moksha, libertação do samsara), e as diversasiogas (caminhos ou práticas).
Conceito de Deus
O hinduísmo é um sistema diversificado de pensamento, com crenças que abrangem o monoteísmo, politeísmo, panenteísmo,panteísmo, monismo e ateísmo, e o seu conceito de Deus é complexo, e está vinculado a cada uma das suas tradições e filosofias. Por vezes é tido como uma religião henoteísta (isto é, que envolve a devoção a um único deus, embora aceite a existência de outros), porém o termo é visto, da mesma maneira que os outros, como uma generalização excessiva.
A maior parte dos hindus acredita que o espírito ou a alma - o "eu" verdadeiro de cada pessoa, chamado de ātman — é eterno. De acordo com as teologias monistas/panteístas do hinduísmo (tais como a escola Advaita Vedanta), este Atman não pode ser distinguido, em última instância, do Brâman, o espírito supremo; estas escolas são, portanto, chamadas de não-dualistas.[39] A meta da vida, de acordo com a escola Advaita, é chegar à conclusão que o seu ātman é idêntico ao Brâman, a alma suprema.[40] Os Upanixades afirmam que quem que tome consciência do ātman como o âmago de si próprio estabelece uma identidade com Brâman, atingindo assim o moksha ("liberação" ou "liberdade").[38][41]
Escolas dualísticas (Ver Dvaita e Bhakti) compreendem Brâman como um Ser Supremo que possui personalidade, e o/a veneram comoVishnu, Brahma, shiva ou Shakti, dependendo da seita. O ātman é dependente de Deus, enquanto o moksha depende do amor a Deus e da graça de Deus.[42] Quando Deus é visto como um ser supremo pessoal (em lugar do princípio infinito), Deus é chamado de Ishvara ("O Senhor"[43]), Bhagavan ("O Auspicioso"[43]) ou Parameshwara ("O Senhor Supremo"[43]).[39] As interpretações de Ishvara variam, no entanto, da não-crença no Ishvara dos seguidores do Mimamsakas, até a sua identificação com Brâman, pelo Advaita.[39] Na maior parte das tradições do vishnuísmo Deus é Vishnu, e o texto das escrituras desta denominação identifica este Ser como Krishna, por vezes chamado de svayam bhagavan. Também existem escolas, como o Samkhya, que têm tendências ateias.[44]
[editar]Devas e avatares
Ficheiro:RadheShyam07.jpg
Críxena (à esquerda), a oitava encarnação (avatar) de Vishnu, ousvaym bhagavan, com sua consorte, Rada - venerada comoRadha Krishna em diversas tradições. Pintura tradicional doséculo XVII.
As escrituras hindus se referem a entidades celestiais chamadas devas (ou devī, na sua forma feminina;devatā é usado como sinônimo de Deva em hindi), "os brilhantes", que pode ser traduzido como "deuses" ou "seres celestiais".[45] Os devas são uma parte integrante da cultura hindu, e foram retratados na sua arte, arquitetura, e através de ícones, e histórias mitológicas sobre eles foram relatadas nas escrituras da religião, particularmente na poesia épica indiana e nos Puranas. Frequentemente são, no entanto, dissociados de Ishvara, um deus pessoal supremo que muitos hindus veneram de uma forma particular, como seu iṣṭa devatā, ou "ideal escolhido".[46][47] A escolha é uma questão de preferência individual[48] e tradições regionais e familiares.[48]
Os épicos hindus e os Puranas relatam diversos episódios da descida de Deus à Terra em sua forma corpórea para restaurar o dharma da sociedade e guiar os humanos ao moksha. Tal encarnação é chamada de avatar. Os avatares mais são os de Vishnu, e incluem Rama(protagonista do Ramáyana) e Krishna (figura central do épico Mahabárata).
[editar]Karma e samsara

Karma (Karma) pode ser traduzido literalmente como "ação", "obra" ou "feito"[49] e pode ser descrito como a "lei moral de causa e efeito".[50]De acordo com os Upanixades um indivíduo, conhecido como o jiva-atma, desenvolve samskaras (impressões) a partir das ações, sejam elas físicas ou mentais. O linga sharira, um corpo mais sutil que o físico, porém menos sutil que a alma, armazena as impressões, e lhes carrega à vida seguinte, estabelecendo uma trajetória única para o indivíduo.[51] Assim, o conceito de um carma infalível, neutro e universal, relaciona-se intrinsecamente à reencarnação, assim como à personalidade, característica e família de cada um. O carma une os conceitos de livre-arbítrio e destino.
O ciclo de ação, reação, nascimento, morte e renascimento é um contínuo, chamado de samsara. A noção de reencarnação e carma é uma premissa forte do pensamento hindu. O Bagavadguitá afirma que:
“
Assim como uma pessoa veste roupas novas e joga fora as roupas antigas e rasgadas, uma alma encarnada entra em novos corpos materiais, abandonando os antigos. (B.G. 2:22)[52]
”
A samsara dá prazeres efêmeros, que levam as pessoas a desejarem o renascimento para gozar dos prazeres de um corpo perecível. No entanto, acredita-se que escapar do mundo da samsara através do moksha assegura felicidade e paz duradouras.[53][54] Acredita-se que depois de diversas reencarnações um atman eventualmente procura a união com o espírito cósmico (Brâman/Paramatman).
A meta final da vida, referida como moksha, nirvana ou samādhi, é compreendida de diversas maneiras diferentes: como uma realização da união de alguém com Deus; como a realização da relação eterna de alguém com Deus; realização da unidade de toda a existência; abnegação total e conhecimento perfeito do próprio Eu; como o alcance de uma paz mental perfeita; e como o desprendimento dos desejos mundanos. Tal realização libera o indivíduo da samsara e termina com o ciclo de renascimentos.[55][56]
A conceitualização do moksha difere entre as várias escolas de pensamento hindu. O Advaita Vedanta, por exemplo, sustenta que após alcançar o moksha um atman não mais identifica a si próprio como um indivíduo, mas sim como sendo idêntico a Brâman em todos os aspectos. Os seguidores das escolas Dvaita (dualísticas) se identificam como parte de Brâman, e, após atingir o moksha, esperam passar a eternidade num loka (céu),[57] na companhia de sua forma escolhida de Ishvara. Assim, diz-se os seguidores do Dvaita desejam "provar o açúcar", enquanto os seguidores do Advaita querem "se tornar açúcar".[58]
[editar]Objetivos da vida humana

O pensamento hindu clássico aceita os seguintes objetivos da vida humana, conhecidos como os puruṣārthas ou "quatro objetivos da vida":dharma "retidão", "ethikos", artha "sustento", "riqueza", kāma "prazer sensual", mokṣa "liberação", "liberdade" [do samsara]".[59][60]
Acredita-se[quem?] que todos os homens seguem o kama e o artha, mas brevemente, com maturidade, eles aprendem a controlar estes desejos com o dharma, ou a harmonia moral presente em toda a natureza. O objetivo maior seria o infinito, cujo resultado é a absoluta felicidade, moksha, ou liberação (também conhecida como mukti, samadhi, nirvana, etc.) do samsara, o ciclo da vida, morte, e da existência dual.